Depois de uma noite inquieta, chegou o dia de
realmente me despedir de tudo e de todas, meu voo era na terça –feira ás 7 da
manhã, mas teria que estar no aeroporto na segunda-feira á noite, tinha que
terminar minhas arrumações na mala, fui pela primeira vez comprar pão na
padaria lá na Itália.Sim, eu trouxe pão para meus pais !
O Pão italiano é mais duro, isso todo mundo
sabe, então coloquei-os na sacola
plásticas empacotei bem, e coloquei na mala, não sabia como ele chegaria em
casa, por contas das horas de antecedência que comprei e o tempo de voo, mas como o fuso horário me
ajudaria em 5 horas chegaria na
terça-feira mesmo, só que não.( em outra postagem vocês irão entender o porque
)
Enquanto eu arrumava tudo, me veio uma
vontade de chorar, eu estava firme ,mas a Sofia estava apreensiva já percebendo
que algo iria mudar na vida dela e nas nossas.Ela estava toda dengosa,a
carreguei e comecei a chorar , não teve jeito!
Antes do almoço já estava tudo pronto só faltava
eu colocar, as últimas coisas que precisaria usar durante o dia e organizei a
casa, para não deixar muita bagunça para a Ju.Aí os relógios estavam se
apressando , era minha última tarde em Lido de Ostia,Lido Centro,Ostia Antica
como vocês preferirem! Ás 18 horas da tarde a Ju chegou, conversamos bastante eu ainda chorava, estávamos tristes e
felizes.Caracas! estou chorando enquanto eu escrevo aqui também, fizemos a
janta, e eu um lanche para amanhecer no aeroporto.
Ás 21:30 horas a despedida final, mais choros
e abraços, a Ju e Sofia ficaram em casa , já era hora da Sofia dormir , mas também estava agitada
não conseguira dormir, a Cintia era para me acompanhar com as malas até a estação onde
era o ponto de ônibus, malemá me ajudou a sair de casa com as malas e me
acompanhou até o portão, estava de rabo azedo.Quem me conhece sabe que eu falo
e escrevo bem sincera esses momentos de atrito. Fui sozinha até a estação, que é só
15 minutos, mas com malas demorava mais.Quase chegando lá duas italianas me ofereceram ajuda e fiquei aguardando o
penúltimo ônibus direto ao aeroporto Fumicino, ali já não teria mais celular
com chip para me comunicar estava totalmente sozinha ,no horário apareceram
dois ônibus mas somente um me levaria até lá, o motorista também estava azedo
mal esperou eu colocar minhas malas e já queria partir, isso porque era a única
passageira.
O Aeroporto de Fumicino foi meu vizinho este
tempo todo, quantos aviões eu ouvi,e vi chegar e sair dele, quantas lembranças tenho
dele.Quando cheguei a Itália for por ele,e de trem eu sai e voltei para ele de ônibus, foi
muito mais rápido , pois cortamos o caminho ali em Ostia mesmo.
Bom ao chegar lá,apenas algumas pessoas
desembarcando e outros que chegavam, pensaram o mesmo que eu : é melhor dormir
no aeroporto do que correr o risco de não ter o ônibus ou acontecer qualquer
coisa as 5 horas da manhã e perder o voo.
Reconheci
os lugares de check- in, pesei minhas malas para ver se estavam dentro do
permitido senão já teria que reorganizá-las.Estavam
okay. Fui ao segundo andar e me acomodei nos bancos duros e ali passei as horas
, cochilando, acordando, cochilando.Minha costa e pescoço estavam doloridos.
Ás 5
da manhã, já não tinha mais sono, fui ao bar tomar café ao som de
Shimbalaiê-Maria Gadú .Ali caiu definitivamente a ficha que estaria voltando e
a música me trouxe rapidamente ao Brasil.Fui fazer o check-in, estranhei a pergunta de qual lugar eu gostaria de
escolher, já havia feito isso na Agência, mas disse que podia ser na janela dos dois aviões.Despachei as malas e
quando subi próximo a plataforma de embarque me liguei que o meu voo de Madrid
a São Paulo era outro, em outro horário, utilizei meia hora da internet grátis,
que com muito custo consegui fazer o cadastro e avisei a Ju e minha família que
estava tudo bagunçado a minha chegada, eu achava que ás 21 horas do dia 31 de
abril e já estaria de banho tomado em casa.Mas não eu chegaria apenas no dia 1 de
maio.Como já era a hora do embarque
veria a confusão lá em Madrid na sede da empresa aérea Ibéria.
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