No meu último domingo
Planejávamos fazer um último passeio em Roma
todas as 5 bonitas juntas, mas como planejamos um final de semana que acabou
não sendo planejado, ficamos em Lido de Ostia , fomos passear na Lungomare e no
Porto Turístico.Nesta manhã havia uma exposição de carros antigos , os “ fuscas
italianos”, o dia estava ensolarado mas o vento estava gelado.
Os semblantes dos italianos quando o verão
vai chegando os tornam mais felizes e animados, assim não chamávamos muita a
atenção , as brasileiras (os) somos mais felizes mesmo no frio.
Voltamos para a casa almoçar,comida típica
brasileira: arroz ,ovo frito,salada e feijão preto com lingüiça e folha de
louro.A ju me dizia que para me ver feliz na mesa bastava ter arroz e feijão.E,
é mesmo!
O vento frio tinha ido embora, a Márcia iria
partir para Pescara no ônibus das 15 horas e não iríamos passear juntas em Roma .Nos despedimos e fui
a praia me despedir de corpo e não de alma do Mar Tirreno.Aproveitei minha
tarde ali, para um banho de mar e sol e refletir sobre todo este período, não
demorou muito chegaram a Ju e a Sofia para fazer compania.Eu estava feliz por
tudo, e triste por deixar minha rotina italiana e as meninas lá, se tivéssemos certeza
do futuro eu arriscaria mais, se eu tivesse minha cidadania italiana....,ela já
é uma outra história de querer e não querer e não vem ao caso agora.Mas se eu
pudesse aproveitaria o verão italiano e buscaria mais oportunidades para me estabelecer lá.
O verão estava chegando, a praia era debaixo
da minha janela e, eu voltando para o outono piedadense,acabaria por aqueles
dias o meu sonho de morar na Itália e na praia ao mesmo tempo.Voltaria a minha
realidade rotineira que havia abandonado neste período.Mas como tudo tem seu
ínicio e fim eu tinha certeza que já havia cumprido minha missão temporária por
lá.
E nas ultimas horas da tarde ficamos
analisando como deve ser difícil estudar em frente a praia no verão, imaginem a
tortura dos estudantes desta escola, situada na lungomare e suas janelas de
frente ao mar?
Voltamos para a casa, tomei um banho fui me despedir de Roma, meu último
rolezinho/passeio na cidade velha, no trenzinho, nas vielas, nas páginas dos
livros de histórias interativos.Ainda era primavera, mas já estava muito quente
á noite, Roma tem muito cimento isso aquece mais ainda deixando essa sensação
de calor extremo , mesmo durante a noite.
Descemos na estação Barberini, ao caminhar
ouvi som de jazz de um dos bares ali perto,me deu uma saudade dos músicos e
agregados de Piedade,mas já estava voltando!
Caminhei por ruas que ainda não tinha
ido,fomos até a Fontana di Trevi, linda e romântica durante a noite.Constatei que
todas as moedas jogadas no período da minha visita foram retiradas, inclusive a
minha que joguei e fiz o pedido no primeiro dia que a vi.Sacanas, joguei
outra lá denovo!
Em seguida fomos ao Pantheon, um dos lugares
que mais me despertou esse romantismo todo que o mundo comenta sobre Roma, não sou romântica mas Roma me
conquistou, mas só no terceiro mês, sou duro na queda! A cidade com todo seu contexto
histórico e que me proporcionou muitos passeios ganhou uma boa parcela no meu
coração.
Nestes 89 dias voltei em sintonia com a
Mariangela dos 16 anos, quando abriu a padaria com seu pais,madura até demais para a idade e menina cheia de
sonhos , fantasias e histórias.A menina alegre, cheio de vida, magra e com o
sorriso estampado no rosto e a alegria no caminhar.A Mariangela voltou
elegante, no falar,no pensar, no modo de agir e no de se vestir mesmo usando as mesmas
roupas de sempre.A Mariangela que encontrou momentos só dela e únicos.
Minha última volta em Roma, nas suas ruas
famosas e as não famosas pelos livros de guia turístico,meu último contato com Piazza
Spagna,Piazza Navona, Fontana di Trevi,Pantheon,Monumento Vittorio
Emanuelle,Via dei Fuori Imperiali,e Colosseo ele o menino que me deu boas
vindas quando eu em Roma fui sozinha pela primeira vez.Nos despedimos, fui pra
casa ,comecei então a minha conversa com as minhas coisas que não queriam
entrar na mala,precisava muito dormir naquela noite, mas eu não conseguia, até
que dormi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário